Sumário
Por: Natalia Lima Amaral
No dia 8 de abril é relembrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, data criada pela União Internacional de Controle do Câncer (UICC) com o intuito de conscientizar sobre a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce da doença. De acordo com o estudo Cancer Statistics, só neste ano são esperados mais de 1 milhão de novos casos apenas nos Estados Unidos. Já no Brasil, em 2020, foram mais de 600 mil novos casos da doença em homens e mulheres.
Estatísticas como essa são extremamente preocupantes, além de mobilizarem muitas ações públicas para o controle e manutenção da saúde dos indivíduos. Já chegamos a comentar algumas atividades da UNIVALE em prol da prevenção contra a doença, além da divulgação científica de muitas pesquisas realizadas aqui na Universidade.
Mas, é mesmo possível prevenir o câncer? Nossos hábitos podem contribuir para o desenvolvimento da doença? Para responder a essas perguntas, conversamos com professores dos cursos de Nutrição e Educação Física, duas das áreas responsáveis pela promoção da saúde por meio de hábitos saudáveis.
O hábito alimentar saudável pode influenciar tanto no processo de origem do câncer quanto na prevenção, de forma direta ou indireta. De acordo com a nutricionista Izabella Vieira, professora do curso de Nutrição da UNIVALE, alimentos que contêm agentes quimiopreventivos, como os antioxidantes, exercem uma ação protetora contra o desenvolvimento do câncer por auxiliar na prevenção de lesões celulares causadas por espécies reativas de oxigênio. Dentre eles, cita-se as isoflavonas encontradas na soja, a curcumina no açafrão, o licopeno no tomate, o resveratrol em uvas, as antocianinas da amora e da framboesa.
Em relação ao tratamento do câncer, o emprego dos métodos, seja por meio de cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou transplante de medula óssea, pode acarretar sintomas gastrointestinais devido às toxicidades. Isso acaba influenciando diretamente na alimentação e na absorção de nutrientes, tornando o paciente suscetível à desnutrição ou a piores desfechos. A professora reforça que: ”sendo assim, o estado nutricional e os cuidados com a alimentação devem ser levados em consideração mesmo antes de iniciar a terapia antineoplásica, no intuito de prevenir o agravamento de sintomas adversos, aumentar a tolerância do paciente ao tratamento, e melhorar o prognóstico".
De forma geral a adoção de hábitos alimentares saudáveis auxilia na prevenção do câncer, principalmente pelo uso de alimentos in natura ou minimamente processados. Alguns exemplos são frutas, legumes, verduras, cereais integrais e leguminosas. Outra medida protetiva é a diminuição na ingestão de carne vermelha, evitando também comidas processadas e ultraprocessadas, como embutidos, enlatados, produtos prontos para consumo e bebidas açucaradas.
A prática regular de atividades físicas é de fundamental importância para a manutenção do corpo, principalmente por atuar como prevenção e melhora do sistema imunológico. Além disso, ela atua no equilíbrio hormonal do indivíduo, garantindo que o organismo fique mais forte. O professor Edson Campos, do curso de Educação Física da UNIVALE, explica que em casos nos quais o paciente desenvolve o câncer, as chances de que ele sobreviva e tenha uma melhor qualidade de vida são maiores com a prática regular de exercícios.
A obesidade é um fator de risco para o desenvolvimento de câncer e outras doenças. Além da inatividade física e da ingestão de mais calorias do que o necessário, alguns medicamentos podem influenciar na retenção de líquidos e acúmulo de gordura. O professor Edson conta que “a prática de exercícios atua na mobilidade, flexibilidade, controle e manutenção hormonal, além de controlar a composição corporal e peso, a força e equilíbrio”. Estudos recentes apontam ainda que pessoas que se exercitam com regularidade têm menos pensamentos suicidas e depressivos, pois o exercício libera um hormônio específico que é a endorfina.
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