A presença de plantas daninhas deve ser evitada na cultura do milho, pois pode provocar perda de produtividade e dificultar a colheita mecânica. É o que alerta o professor de Agronomia da Univale, Maurílio Fernandes de Oliveira, que também é pesquisador da Empresa Brasileira de Agropecuária (Embrapa).
O professor Maurílio explica que as plantas daninhas precisam ser eliminadas porque competem com o milho por fatores como água, luz, nutrientes, espaço físico e gás carbônico. Além disso, continua o pesquisador, as plantas daninhas podem provocar o processo de alelopatia, que é a liberação de substâncias capazes de interferir com o crescimento e o desenvolvimento do milho.
“A presença de plantas daninhas deve ser evitada nas lavouras. Há diversos métodos de controle de plantas daninhas nas lavouras. O mais utilizado é o controle químico, com uso de herbicida, por uma série de facilidades. O método mecânico, o método preventivo, o método biológico e o método cultural também são métodos disponíveis atualmente. Mas cada um traz suas peculiaridades”, afirmou Maurílio
A aplicação do método de controle para reduzir ou eliminar a população de plantas daninhas, enfatiza o pesquisador, deve acontecer quando o milho apresenta de quatro a seis folhas. “O correto momento de entrada do método de controle na cultura do milho, nesse caso, aplicação de herbicidas, é quando a planta do milho estiver com o tamanho de quatro a seis folhas. Se passarem deste tamanho, as folhas fecham as ruas e impedem o sucesso da aplicação, porque a calda do herbicida não vai atingir as plantas daninhas, reduzindo a eficiência da aplicação”, frisou.
De acordo com o pesquisador, o milho pode ser cultivado na região durante todas as épocas do ano, em áreas irrigadas. “Em áreas de sequeiro, sem irrigação, o recomendado é o plantio no início do período chuvoso, ou seja, nos meses de outubro ou novembro, desde que as chuvas tenham iniciado. Havendo atraso no início do período chuvoso nestes meses, pode-se fazer o plantio do milho também em dezembro, atentando para os períodos sem chuva em janeiro”, observou.
O professor Maurílio explica que a produção do milho pode ser em grão, que é o milho colhido da espiga seca, que se mói pra fazer a canjiquinha ou o fubá, por exemplo; ou o milho silagem, no qual se corta a planta inteira ainda verde para ofertar aos animais como alimento no período sem chuva. Questionado sobre números de produção de milho na região, o pesquisador afirma que esses dados ainda precisam ser levantados.
“Há necessidade de se realizar levantamento dos valores de produção e da demanda de milho grão e de silagem junto às secretarias estadual e municipal tanto para informação local quanto para planejamento de políticas agrícolas para a região. No geral, a região Leste de Minas Gerais já foi expressiva na produção estadual de milho grão. Atualmente, a região tem baixa produção de milho grão, sendo muito inferior à demanda regional. O milho para silagem, atualmente muito relevante, apresenta certa produção, porém também insatisfatória para a demanda. A cultura do milho para produção de grãos pode levar quatro meses, recentemente cultivares precoces reduzem este tempo de cultivo. O milho para silagem ocupa tempo de produção menor, pois é colhido antes da maturação fisiológica e secamento dos grãos”, destacou.
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