Sumário
A UNIVALE foi uma das instituições coorganizadoras do 5º Congresso Internacional de Política e Globalização, realizado em Pereira, na Colômbia, entre os dias 9 e 11 de outubro. Com o tema geral “Radiografia crítica de conflitos no mundo e na Colômbia”, o congresso reuniu docentes da América Latina e da Europa que abordaram diferentes tipos de conflito. Os professores Bernardo Gomes Barbosa Nogueira, André Rodrigues Santos e Diego Jeangregório Martins Guimarães, do curso de Direito, participaram como palestrantes e debatedores em uma mesa-redonda.
Integrante do corpo de organizadores do encontro internacional, o professor Bernardo Nogueira foi um dos responsáveis pela abertura do Congresso e ministrou a palestra “Direito, Literatura e Neoliberalismo: um diálogo por vir”, tema que ele também trabalha em um projeto de pesquisa. “A palestra quis mostrar como a literatura pode colaborar para uma melhor resolução de conflitos no âmbito territorial e no âmbito jurídico, fazendo com que nós tenhamos mais clareza dos conflitos e tenhamos mais inspiração para buscarmos soluções que sejam cada vez menos violentas e, portanto, cada vez mais democráticas”, comentou Bernardo.
O professor avalia que a literatura possui uma linguagem universal, capaz de inspirar a busca por formas mais interessantes para a resolução dos conflitos. “Conflitos, no final das contas, não são necessariamente negativos. O conflito pode também ser tomado por uma perspectiva pedagógica e positiva para a melhoria das relações sociais. Essas relações sociais são permeadas pelo Direito e se dão no território. Portanto, esses temas convergem sempre para um olhar mais apurado das relações sociais, que se dão tanto em âmbito local quanto em âmbito global”, argumentou.
Ao lado de dois professores colombianos, os três docentes do Direito da UNIVALE debateram na mesa-redonda “Filosofia política: qual a sua importância?”, e Bernardo considera que o tema é fundamental para a elaboração de um pensamento democrático.
“A construção de uma sociedade democrática e de pessoas conscientes politicamente tem por linha mestra a ideia de que todo ato humano é um ato político. Todas as ações efetivadas pelas pessoas, de forma individual ou coletivamente, podem colaborar ou não para a construção de uma sociedade democrática, justa e solidária. Fazer isso em parceria com pessoas de outros países, e estando nós em outro país, colabora conosco, enquanto professores, para que possamos aumentar a nossa experiência de práticas democráticas, em outras línguas e outros territórios, e fazer com que nossas aulas sejam mais profundas, diversas e plurais”, enfatizou o professor.
Na palestra “Direitos fundamentais, religiões e conflitos”, o professor André Rodrigues Santos – que também é coordenador do curso na UNIVALE – abordou direitos assegurados pelo surgimento das constituições, em contraponto ao antigo regime absolutista. “As constituições do século 18 trouxeram direitos que os indivíduos não tinham. O indivíduo do século 18 não tinha suas liberdades consagradas, e com o constitucionalismo liberal surgiram os direitos de primeira geração, como a liberdade religiosa, liberdade política, de consciência e de expressão. E no século 19 o Estado passa a intervir na sociedade para garantir políticas públicas sociais, como direito à educação, à saúde e moradia. Em muitos países, esses direitos fundamentais estão garantidos somente no papel e não são efetivados, há uma luta da sociedade para efetivá-los”, relatou.
O coordenador do curso de Direito da UNIVALE também falou sobre a importância da internacionalização da universidade. A participação neste Congresso, revelou André, já rendeu convite para um novo encontro em Cartagena, também na Colômbia.
“Professores do Brasil serem convidados para participar de um Congresso dessa relevância, com países da América Latina e da Europa, reforça o papel da academia de discutir ciências em grandes centros internacionalmente, vivenciando experiências exitosas de outras universidades, e também compartilhando as nossas experiências. Ganham todas as universidades envolvidas, e neste encontro nós fechamos parcerias para o curso de Direito e para o mestrado”, frisou André.
A participação da universidade no 5º Congresso Internacional de Política e Globalização se completou com a palestra “Mineração e conflitos em Minas Gerais: a reparação integral no desastre no Rio Doce”, ministrada pelo professor Diego Jeangregório.
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