Dia 18 de maio é a data nacional contra a exploração e abuso sexual infantil. As campanhas do Maio Laranja existem para chamar a atenção contra essa violência e educar a população com o intuito de proteger essa parcela tão vulnerável da sociedade.
Tandrécia Cristina de Oliveira, professora do curso de Psicologia da Univale, alerta para os danos psicológicos causados à criança, que afetam seu desenvolvimento emocional, cognitivo e social. Além disso, as marcas desse tipo de abuso persistem, dificultando relações intra e interpessoais futuras; com problemas como insegurança, baixa autoestima, dificuldade de aprendizagem, entre outros desafios na vida adulta.
“A criança normalmente tem uma alteração significativa em seu comportamento, ela pode se tornar mais introspectiva, tende ao isolamento. Outras vezes, pode ficar mais agressiva e demonstrar comportamento erotizado incompatível com sua idade”. A professora ainda destaca que os pais devem se atentar às mudanças de comportamento das crianças.
Porém, mais do que identificar as alterações comportamentais das vítimas, a data surge com o intuito de proteger crianças e adolescentes, educando pais e responsáveis para orientá-los e impedir que sofram com esse tipo de violência.
“É importante que os pais ou responsáveis sejam os primeiros a orientar suas crianças acerca de como se protegerem nessa situação. Ou seja, devem ser ensinados que as pessoas não devem tocar suas partes íntimas, que eles não devem ficar sozinhos com pessoas estranhas e que não aceitem presentes como balas, dinheiro, entre outros agrados de estranhos. Devem orientar que, caso alguém venha a cometer com eles alguns desses atos, devem imediatamente informar a família ou adultos responsáveis”, Tandrécia enfatiza.
Mesmo que a família seja a primeira a primeira responsável pela educação sexual de crianças e adolescentes, esse ainda é, também, um dever de toda a sociedade. Professores, médicos, vizinhos: todos podem e devem cumprir seu papel na proteção de crianças e adolescentes, educando e mantendo-se atentos para fazerem possíveis denúncias.
“Infelizmente a maioria dos abusos e explorações sexuais são cometidos por um familiar ou pessoa próxima. Isso quer dizer que os professores, médicos, vizinhos, enfim toda sociedade também tem um papel importante no combate a esse tipo de violência”, a psicóloga pondera.
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