A hanseníase é um importante problema de saúde pública no Brasil, o segundo
país do mundo com a maior taxa de detecção de novos casos. Em 2011, o Ministério da
Saúde recomendou que todos os contatos de novos casos fossem examinados; entretanto, os indicadores mostraram que essa ação está muito aquém do necessário para obter algum impacto na redução das fontes de transmissão. Para melhor compreender a distribuição da hanseníase nos grupos familiares, adotou-se como estratégia a construção do genograma utilizado como ferramenta de representação gráfica da família. Nele estão representados os diferentes membros, o padrão de relacionamento e suas principais morbidades. O objetivo deste estudo foi analisar dados clínico-sociodemográficos da família de um paciente com hanseníase para a construção de um genograma. Os dados
gerados a partir do genograma auxiliarão no acompanhamento de familiares, rincipalmente
aqueles que têm suspeita clínica, para fazer o diagnóstico precoce da hanseníase, além
de favorecer a interrupção da cadeia de transmissão da doença. O estudo foi realizado no
município de Inhapim, próximo a GV, localizado no Leste de Minas Gerais, Brasil. Envolveu
um total de 20 indivíduos, sendo um paciente com hanseníase virchowiana e os demais
membros da mesma família, totalizando 04 contatos intradomiciliares e 15 extradomiciliares. O genograma apresentou quatro gerações (I, II, III e IV) que contemplaram os pais do caso índice, o caso índice com seus 11 irmãos, 8 filhos, sobrinhos e netos. Os dados gerados pelo genograma auxiliarão no acompanhamento dos familiares, principalmente daqueles com suspeita clínica, para um diagnóstico precoce favorecendo a interrupção da cadeia de transmissão da hanseníase