Uma das atividades mais aguardadas do 4º Seminário Integrado do Rio Doce (SIRD), o painel “Qualidade da água” teve início na tarde desta sexta-feira, 8 de novembro, e encerra as atividades do evento. Com a presença de grandes pesquisadores da área, a discussão buscou apresentar aos participantes os índices de qualidade da água, de acordo com as variáveis estudadas.
O mediador deste painel foi o professor Dr. Ângelo Márcio Leite Denadai, da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF-GV). Segundo ele, durante a atividade, os participantes tiveram a oportunidade de se aprofundarem acerca de uma temática que é extremamente reincidente e de extrema relevância para toda comunidade, seja atingida, científica, ou até mesmo os empresários da região. “Isso porque, como a gente já sabe, a água é o grande mediador da vida. Não existe vida sem água; e para que essa vida seja saudável é necessário que a qualidade da água seja satisfatória”, destacou.
Ainda de acordo com o professor, embora existam muitos estudos que buscam detalhar o nível da qualidade da água do rio atualmente, não há uma resposta simples, principalmente após o rompimento das barragens em Minas Gerais. Isso acontece porque a definição de qualidade é relativa e depende da aplicação. Ele explica que a qualidade da água do rio é regulamentada por um conjunto de parâmetros, assim como a qualidade de água dos poços para recreação, ou da água tratada, que é regulamentada por outra legislação.
“As informações apresentadas aqui são resultados de análises em diversos períodos do ano. A questão de qualidade, inclusive, deve ser monitorada continuamente, porque hoje a água pode estar boa, mas quem garante que estará boa amanhã?! O corpo d’água que nos abastece, que é o rio, é um organismo dinâmico, pode acontecer de vir uma pluma carregada de determinados elementos químicos que passam pelo processo de tratamento e que chegue até a população. Isso em um dia, no outro pode ser que essa pluma de compostos químicos já não esteja mais disponível. Falar de qualidade é algo complexo, não é trivial porque são muitas variáveis, e nós, especialmente, temos uma dependência com locais e temporal”, explicou.
Além do professor Ângelo, participaram do debate representantes da Rede Terra Água, da Lactec, da Superintendência Regional de Saúde (SRS), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) e da Agência Nacional das Águas (ANA).
“Nesse evento nós tivemos diversas frentes de falas. Começamos com uma introdução falando sobre definições acerca da qualidade das águas; a qualidade da água do rio; qualidade da água tratada; o processo de tratamento da água e vamos finalizar com alguns dados de possível acumulação de elementos químicos potencialmente tóxicos em animais, especialmente peixes”, concluiu Ângelo.
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