Ação busca minimizar o contágio da doença e é resultado de parceria entre alunos e professores da instituição, além do estado, município e a UFJF GV.
No ano passado, o Boletim Epidemiológico de Tuberculose, publicado pela prefeitura de Governador Valadares, estimou que os reflexos do novo Coronavírus poderiam provocar, até 2025, um aumento global de 20% na mortalidade por TB. Intensificando os estudos e a mobilização acerca da temática, neste mês de março, o Núcleo de Ensino Pesquisa e Extensão em Tuberculose da Univale, o Nepet, participou de uma capacitação para aplicação da prova tuberculínica, método de rastreamento e prevenção da doença.
A ação foi desenvolvida por meio de uma parceria entre a Univale, a Superintendência Regional de Saúde, a Secretaria Municipal de Saúde de Governador Valadares e a Universidade Federal de Juiz de Fora - Campus Governador Valadares. Alunos e professores da área da saúde da Univale participaram da atividade, tanto no papel de aplicadores da capacitação, quanto de aprendizes. A proposta é aumentar a quantidade de pessoas capacitadas para aplicar a prova, reduzindo o contágio e os casos graves da tuberculose na região.
“O curso orienta sobre a aplicação da prova que ajuda no rastreamento da infecção latente por tuberculose, que é quando exclui-se a doença ativa, mas é feito o rastreio de pessoas que conviveram ou convivem, ou que estiveram expostas à bactéria, e podem desenvolver a doença mais tarde. É um exame que ajuda na identificação de pessoas que podem se prevenir contra a doença, podendo não adoecer num futuro próximo”, explica Flávia Rodrigues Pereira, professora dos cursos de Enfermagem e Medicina.
A ação capacitou enfermeiros de Governador Valadares e também de outros municípios da região. Assim, a implementação do método de rastreio e manejo da tuberculose pode ser feito em um maior número de cidades, ampliando a área de prevenção.
A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium Tuberculosis, ou Bacilo de Kochuma, e é uma doença milenar, infectocontagiosa, que tem grande influência na saúde pública. No cenário nacional, os dados referentes aos casos confirmados a partir de 2020 sofreram alterações em razão da pandemia da Covid-19, e ainda assim, no ano citado, foram mais de 65 mil novos diagnósticos no Brasil.
Na Univale, alunos dos cursos de Enfermagem, Medicina e Nutrição participam de um grupo de estudos interdisciplinar que debate os contextos históricos, a manifestação e as consequências da tuberculose na população. A professora Flávia, que lidera o Nepet e integra a equipe de profissionais do Município, aponta que o risco de contágio é influenciado por diversos fatores, como a precariedade de moradia, vulnerabilidade social, utilização de imunossupressores e exposição direta à bactéria.
“O tratamento é completamente gratuito, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e tem um tempo de duração mínimo de 180 dias, desde o período de detecção, diagnóstico e tratamento, para que essas pessoas rompam com a cadeia de transmissão. A doença tem cura e os sinais e sintomas são bem clássicos. O sintoma mais comum na população geral é a tosse por mais de três semanas”, pontua a enfermeira.
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