As mulheres, por muito tempo, foram privadas da educação e de outros direitos importantes, como o voto e a igualdade nas leis trabalhistas. Mesmo com os avanços da legislação, o lugar das mulheres ainda não foi alcançado como prevê a teoria da constituição. No cenário mundial, de acordo com dados do Instituto de Estatísticas da Unesco (UIS), menos de 30% das pessoas que trabalham com pesquisa são mulheres.
Ainda que em crescimento, a representatividade feminina tem grandes nomes que devem ser destacados e relembrados, para que meninas e mulheres se inspirem no trabalho de alguém semelhante. Por isso, hoje vamos trazer alguns exemplos da presença feminina no meio científico nacional. Confira 5 nomes de mulheres que contribuíram e contribuem para a pesquisa brasileira.
1- Fernanda Rigue
Com apenas 26 anos, Fernanda é uma das doutoras mais novas do Brasil. A gaúcha é natural de Jaguari e começou a se envolver com a pesquisa ainda durante a graduação em química. Hoje atua como professora, tendo mestrado e doutorado na área da educação e seu último trabalho tem ênfase nos diferentes saberes, pontos de vista e modos de existência, que podem ser explorados nos processos educacionais.
2- Nise da Silveira
Médica psiquiátrica nascida em Maceió, ela foi a única mulher, em sua turma de 158 alunos, a se formar pela Faculdade de Medicina da Bahia. Nise morreu aos 94 anos e teve uma vida marcada pela militância na luta antimanicomial e por ideias revolucionárias, como o pioneirismo do uso da arte na terapia ocupacional para esquizofrenia.
3- Ruth Sonntag Nussenzweig
Graduada em biologia e nascida em Nova York, Ruth emigrou para o Brasil aos 11 anos junto de sua família. Por meio de uma pesquisa com animais em laboratório, ela descobriu que era possível obter proteção contra o parasita causador da malária, fato que contribuiu com o desenvolvimento da vacina dessa doença. Além de pesquisadora, a bióloga também participou da luta pelo voto feminino, na qual teve grande importância.
4- Elza Furtado Gomide
A matemática foi a primeira mulher a obter a graduação do curso em uma instituição brasileira, e a segunda a obter o título de doutora pela USP. Elza nasceu em São Paulo e foi expoente no debate sobre a valorização do professor e a importância da universidade na qualificação de profissionais.
5 - Johanna Döbereiner
Naturalizada brasileira em 1956, a agrônoma descobriu a associação entre bactérias e gramíneas, que possibilitou que o Brasil se tornasse o segundo maior produtor de soja do mundo.
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A pesquisa na Univale
Grandes pesquisadoras também fazem parte da história da Universidade Vale do Rio Doce. São várias as professoras doutoras em nossa instituição, que inspiram outras mulheres e meninas a seguirem a área da pesquisa científica e aumentarem a representatividade feminina na ciência. Como exemplo temos a professora Sueli Siqueira, pós-doutora em migrações internacionais, que desenvolve diversos estudos na área de sociologia urbana e teve trabalhos publicados internacionalmente, inclusive na BBC.