Sumário
Entre 29 de abril e 3 de maio (de segunda a sexta-feira), os cursos de Design Gráfico, Jornalismo, e Publicidade e Propaganda da UNIVALE realizaram a Semana Acadêmica, com o tema Comunicação e Transversalidades. Em rodas de conversa, palestras, visitas técnicas e oficinas, alunos e professores dos cursos de Comunicação receberam convidados para dialogar com temáticas como meio ambiente, questões étnico-raciais, acessibilidade, empreendedorismo e a desconstrução de preconceitos como machismo, racismo e LGBTfobia.
Ao longo da semana, as discussões se concentraram em como a Comunicação interage com esses temas e como o Design, o Jornalismo e a Publicidade podem evitar estereótipos e clichês. Coordenador dos cursos de Jornalismo e de Publicidade e Propaganda, o professor Bob Villela pondera que esses temas foram ignorados por muito tempo, mas agora essas discussões fazem parte da vida em sociedade.
“As transversalidades que a gente aborda nesse contexto do evento são aquelas as quais a sociedade, por muito tempo, virou as costas. Mas hoje não dá mais, ainda bem. E aí a intenção é, por meio das oficinas, das palestras e de toda a interação entre os alunos e os convidados, a gente mostrar como que, na atuação deles, eles têm sido influenciados, ou eles tentam ser influenciadores também na promoção desses temas. A elevação desses temas é inadiável para todos nós”, avaliou Bob.
A Semana Acadêmica foi organizada de forma conjunta pelos cursos e pelos estudantes que integram o Diretório Acadêmico de Comunicação (Dacom), e o docente considera que os alunos conseguiram compreender a conexão dos temas e entre as áreas relacionadas aos cursos. Bob elogia a participação discente nos eventos e na organização. “Eles trabalharam a divulgação, foram peças fundamentais e parceiros de verdade. É muito bonito ver alunos como protagonistas, empreendendo e se compreendendo na realização de um evento”, disse.
O presidente do Dacom, Cauã Salviano, admite que inicialmente teve resistência ao tema, mas ao longo da semana reconheceu que as experiências com a transversalidade servem como fonte de aprendizado.
“Uma visão multidisciplinar nos permite agregar à nossa profissão, aprendendo com experiências que não são necessariamente da nossa área. Eu, por exemplo, sou aluno de Publicidade e Propaganda, mas desenvolvi uma série de insights com a palestra do repórter Carlos Eduardo Alvim sobre como contar histórias, situação essa que me incentivou até a escrever um texto a respeito. As transversalidades não são sobre nosso lugar de conforto, as áreas que necessariamente gostamos e somos apaixonados, mas sobre aprender com aqueles caminhos que, embora não sejam nosso destino, podem cruzar nossa experiência e servir de fontes de aprendizado”, afirmou o presidente do Dacom.
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