Com a chegada do período das chuvas, as autoridades de saúde se mobilizaram para capacitar os municípios para ações de prevenção e promoção das condições sanitárias necessárias para a redução de casos e mortalidade por arboviroses. A UNIVALE, em parceria com o governo de Minas Gerais, sediou nos dias 8 e 9 deste mês o Seminário Macrorregional de Arboviroses, para preparação e respostas ao período sazonal.
O superintendente regional de Saúde de Governador Valadares, Rômulo Gusmão, explicou a importância do seminário para o Estado. “Estamos fazendo agora um movimento preparatório, com toda a região, no sentido de que não somente a parte de assistência se organize, como os postos de Saúde da Família e hospitais, para absorver essas demandas que vão aparecer. Mas, acima de tudo, a gente deve se organizar para fazer ações preventivas, como o controle vetorial e ações de mobilização social. A finalidade do evento é de preparar a região para esse período em que a gente sabe que é grande a chance dessas doenças aparecerem”, disse.
O período de sazonalidade na região se inicia em dezembro, e a preparação e a capacitação dos profissionais de saúde é importante para o processo de transição nos governos municipais. “O papel do Ministério Público nesse evento é de ser indutor e fiscalizador de políticas públicas muito mais de caráter preventivo, sobretudo nesse período em que vivemos agora, de transição democrática, que o Ministério Público vise a contribuir nessa transição dos trabalhos de vigilância, tanto sanitária quanto epidemiológica, para que haja o mínimo necessário de servidores públicos e que os novos governos possam dar seguimento ao combate às arboviroses”, afirmou o promotor de Justiça no Vale do Aço, Reinaldo Pinto Lara.
De acordo com a diretora de vigilância de Doenças Transmissíveis e Imunização, da subsecretaria de Vigilância em Saúde, na Secretaria Estadual de Saúde, Marcela Lencine Ferraz, ações conjuntas vêm sendo realizadas dentro de um planejamento com diversas frentes de atuação.
“Dentro das nossas ações, a gente tem qualificação dos trabalhadores de saúde, investimentos e incentivos financeiros repassados aos municípios, tanto para ações de rotina quanto para adesão a novas tecnologias, como o uso de drones para controle vetorial. Temos também a própria questão do controle vetorial, com a Secretaria Estadual fornecendo os insumos necessários, como inseticidas e veículos para aplicação em momentos de alta de casos. A gente procura desenvolver, junto com os municípios, ações que sejam propícias para impedir a incidência de casos e óbitos de arboviroses”, declarou Marcela.
O seminário proporcionou o intercâmbio de conhecimentos e práticas que vão impactar diretamente a gestão e o manejo clínico de arboviroses, como observou o secretário de Saúde de Itueta, Gustavo Ferreira de Araújo.
“Já tivemos momentos anteriores em que as arboviroses, como dengue, Zika e Chikungunya, prejudicaram bastante a saúde integral dos nossos munícipes. Esse preparo acontece bem antes, para que a gente possa enfrentar mesmo essas condições. É muito importante que nós, gestores municipais, possamos passar para nossos servidores a forma correta de lutar contra as arboviroses. O problema não é só da gestão ou dos servidores, mas de toda a população, e esses cuidados começam em casa, com boa higienização”, pontuou o secretário.
Receba notícias sobre: vestibular, editais, oportunidades de bolsa, programas de extensão, eventos, e outras novidades da instituição.
"*" indica campos obrigatórios