Foram três dias de incentivo à pesquisa e à ciência para promover o desenvolvimento do Vale do Rio Doce. O 20º Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica da Univale foi realizado entre quinta-feira (22) e sábado (24), e, na avaliação da reitora Lissandra Lopes Coelho Rocha, a universidade se mantém como referência de suporte para que os estudantes ingressem na carreira acadêmica.
Ao discursar na solenidade de abertura do 20º Simpósio, Lissandra enfatizou que a produção de conhecimento deve gerar descobertas e inovações que melhorem a vida das pessoas. E que, para isso, quem ingressa na carreira científica precisa construir conhecimento de forma crítica e com o olhar de um pesquisador.
“Mantendo a tradição, o Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica firma com nossos alunos o compromisso de oferecer o melhor suporte para a primeira fase da carreira científica na vida de nossos acadêmicos. É durante a iniciação científica que o aluno aprende como montar e organizar trabalhos, como apresentar em eventos, e aprende a sistematizar ideias e referências bibliográficas, além de adquirir experiência”, afirmou a reitora.
Assessora de pesquisa e pós-graduação, a professora Elaine Toledo Pitanga Fernandes celebra que há 20 anos o Simpósio contribui para que a Univale se consolide como referência em ensino, pesquisa e extensão. “Foram 20 anos ininterruptos incentivando e promovendo as discussões acadêmicas envolvendo diversas áreas do conhecimento. São 20 anos de compromisso com a produção científica e aprimoramento acadêmico constante de alunos, professores, pesquisadores e colaboradores”, disse Elaine.
Na abertura do 20º Simpósio, o fotógrafo Sebastião Salgado enviou um vídeo conclamando a comunidade acadêmica e científica a trabalhar pela recuperação ambiental do Vale do Rio Doce. Reconhecido internacionalmente por, além de suas fotografias, seu ativismo ambiental, Salgado dirige com a esposa Lélia o Instituto Terra, em Aimorés. A organização é voltada para a restauração ambiental e o desenvolvimento rural sustentável do Vale do Rio Doce.
“Estamos em um vale que talvez seja o mais degradado do Brasil. Perdemos nossa cobertura florestal e hoje temos uma quantidade mínima de floresta. Temos um rio fabuloso, que está em estado de morte. Nosso rio está morrendo a uma velocidade incrível e temos uma necessidade premente de fazer uma recuperação ecossistêmica de matas ciliares e fontes de água”, declarou Sebastião Salgado.
Para a conferência magna que deu início ao Simpósio, a palestrante foi a valadarense Laila Salmen Espindola, professora titular na Universidade de Brasília (UnB) e membro da diretoria da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O tema da conferência foi o mesmo do 20º Simpósio: “Vale do Rio Doce e Univale: perspectivas e legados em 20 anos de produção da Ciência”.
“Tenho uma paixão muito grande pela iniciação científica. É um dos projetos mais inteligentes do país. Quando o estudante é bem enquadrado numa equipe, é um avanço muito grande na vida científica dele, e mesmo na vida pessoal. Iniciação científica não é apenas para seguir carreira acadêmica, mas para saber discernir as coisas. É um conhecimento para saber discernir o que é verdade e o que é fake news”, declarou Laila.
Na sexta-feira e no sábado, o Simpósio teve continuidade com as apresentações de trabalhos e discussões em sessões temáticas. Coordenador do Espaço A3 de apoio ao estudante, o professor Edmarcius Carvalho Novaes participou de duas dessas sessões. Ele considera que essas duas décadas de incentivo à ciência marcam um diferencial da Univale como instituição que valoriza a pesquisa e marca a formação e as carreiras dos estudantes.
“Esse momento do simpósio é importante para alunos de graduação que estão experimentando o primeiro contato com a pesquisa, ou alunos de iniciação científica que têm se dedicado para além dos estudos em sala de aula, participando de projetos de pesquisa. Esses estudantes podem realizar trocas de experiências e trocas em relação aos achados das pesquisas. É um momento muito rico de discussão das temáticas pesquisadas, e de estabelecimento de relações com pessoas que têm interesse nos assuntos pesquisados, criando redes de apoio”, avaliou Edmarcius.
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