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Univale e Ufop realizam pesquisa na bacia do Rio Doce para identificar vetores de zoonoses

Univale e Ufop realizam pesquisa na bacia do Rio Doce para identificar vetores de zoonoses

05 novembro, 2021

Coleta de insetos que serão usados no estudo terá participação de estudantes voluntários da educação básica, como uma ação de incentivo à ciência  

Na última quinta-feira, 4 de novembro, a Univale recebeu uma equipe de pesquisadores e estudantes da Universidade Federal de Ouro Preto — Ufop, para retomar uma campanha de coleta de insetos às margens do Rio Doce. As duas universidades iniciaram a parceria nessa pesquisa antes da pandemia, com o objetivo de identificar a incidência de vetores de zoonoses na região, em pontos que foram atingidos pela lama de rejeitos da Vale/Samarco/BHP.

A campanha integra outras atividades que fazem parte do projeto “Vetores de Doença de Insetos em Florestas Ecotonais Sob Graves Perturbações: Uma Vigilância Temporal na Bacia do Rio Doce”, que está sendo desenvolvido em cidades da parte alta e média da bacia. Governador Valadares foi um dos municípios selecionados para a coleta e terá armadilhas instaladas nos bairros Santa Rita, Ilha dos Araújos, Santo Antônio e Bom Pastor, além das que já foram colocadas no Campus II da Univale.

A professora Renata Campos, que faz parte do corpo docente do mestrado,  está acompanhando de perto as atividades e falou sobre a importância de ações integradas com profissionais e pesquisadores de outras instituições. “Essas parcerias são uma expertise da Univale, que é aprimorada no Mestrado em Gestão Integrada do Território e busca justamente essa integração. Nesse projeto estão envolvidos profissionais da educação, da saúde, estudantes de doutorado ligados à área ambiental, que combinados entendem esse processo de adoecimento das florestas, que afetam seres humanos, animais domésticos e animais silvestres. O que a Univale faz é justamente tecer a produção do conhecimento e informações que não seriam possíveis se estivessem sendo feitas individualmente, o que representa um grande ganho. Para a universidade é muito positivo o empréstimo de equipamentos e a interação com outros profissionais, porque a partir dessa troca é possível otimizar a produção científica, que é um dos pilares da Univale”, disse.

Ciência cidadã

Além do envolvimento de universitários da graduação, mestrado e da comunidade acadêmica de forma geral, o projeto também conta com a participação ativa de alunos voluntários da educação básica. A colaboração desses estudantes faz parte do movimento ciência cidadã, que funciona como um incentivo para que cidadãos comuns, não pesquisadores, sejam iniciados em processos científicos. 

As ações realizadas pelos estudantes voluntários envolvem todas as etapas que estão em andamento, desde o mapeamento das áreas de incidência dos insetos, a instalação das armadilhas, até a realização da coleta. A participação desses jovens também acontece por meio de conversas sobre conhecimentos populares das doenças transmitidas por insetos.

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