O programa Ciência Cidadã na Bacia do Rio Doce é uma parceria da UNIVALE em rede de pesquisas coordenada pela Unesco, e busca colocar a ciência a serviço da biodiversidade na Bacia do Rio Doce, incentivando ainda o espírito cientista em jovens. O programa desenvolve projetos sobre biodiversidade em municípios ao longo da Bacia que foram atingidos pelo desastre da Samarco, com participação de aproximadamente 780 estudantes.
“Nós temos 12 projetos, espalhados em toda a Bacia, desde o Alto Rio Doce, o Médio, a Foz e a vila de Regência [em Linhares, no Espírito Santo, onde o Rio Doce deságua no Oceano Atlântico], com o envolvimento de 18 instituições formais de ensino. São 16 escolas, a UNIVALE, que é a única universidade da rede, o Instituto Federal, e duas comunidades indígenas, produzindo conhecimento sobre biodiversidade junto de cientistas. Esses 12 projetos foram produzidos junto a essas instituições, respondendo perguntas do interesse de cada território”, explicou a consultora da Unesco, Tatiana Martelli Mazzo.

Ao participar do Workshop de Integração do programa de ciência cidadã no Rio Doce, sediado na UNIVALE, a reitora Lissandra Lopes Coelho Rocha destacou a importância do evento para compartilhar informações e conhecimento. “É um momento em que a gente pode aprofundar os temas e trabalhar a ciência, mas na perspectiva que nós acreditamos aqui na UNIVALE, a de compartilhar esse conhecimento com a comunidade e nos aproximarmos mais, elevando a ciência até o dia a dia de toda a população. Exercitar a ciência cidadã junto com a Unesco tem sido um presente”, afirmou a reitora.
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Alzimere Rodrigues da Silva é professora de Biologia e trabalhou com estudantes do 2º ano do ensino médio da Escola Estadual Quintino Bocaiúva, realizando um projeto sobre o mosquito Aedes aegypti. Ela e dois alunos participaram do Workshop, e apoiaram a iniciativa em ciência cidadã.


“Eles aprenderam em rodas de conversa e palestras, também participaram de alguns eventos e foram a campo. Eles colocaram e coletaram armadilhas e as trouxeram para o laboratório, para fazer contagem dos ovos. Eles observaram que, em lugares onde antes eles achavam que era de maior risco, com a contagem dos ovos eles perceberam que não era bem o que eles esperavam. Em lugares onde achavam que era de maior risco, quase não tinha ovos. E, em lugares em que achavam que era de menor risco, tiveram uma surpresa muito grande, pela quantidade de ovos que encontraram”, relatou Alzimere.