Tema trabalhado por Bernardo Nogueira foi “Direito, literatura e justiça: Jacques Derrida sertanejado por Guimarães Rosa”
O curso “A Justiça no Espelho das Artes: Cultura, Arte e Direito” é uma iniciativa do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), por meio da Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef), em parceria com a Associação dos Magistrados Mineiros (Amagis) e sua Escola Superior da Magistratura Desembargadora Jane Silva (Emajs). Magistrados e servidores do TJMG são o público-alvo da capacitação, que começou em agosto e segue até novembro, em Belo Horizonte, e um dos docentes responsáveis é o professor Bernardo Nogueira, do curso de Direito e do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) na UNIVALE.
O objetivo do curso é tornar seus participantes capazes de identificar elementos fundamentais da literatura, da arte, da arquitetura e do patrimônio cultural que guardem relação com a história do Direito, ou que se conectem, direta ou indiretamente, com práticas e contextos profissionais do sistema de justiça. Bernardo foi o encarregado de ministrar a oitava aula da ação educacional, que aconteceu na terça-feira (30 de setembro), com o tema “Direito, literatura e justiça: Jacques Derrida sertanejado por Guimarães Rosa”.
Conforme o professor, durante a aula foi analisado o conto “A terceira margem do rio”, do escritor mineiro João Guimarães Rosa. “A partir dessa obra nós discutimos alguns conceitos da Teoria da Desconstrução, do filósofo franco-argelino Jacques Derrida, e também colocamos esse conto para dialogar com os conceitos de Direito e Justiça, em uma perspectiva interdisciplinar. No meu caso, esse debate dialoga muito com as próprias pesquisas que eu elaboro no GIT, na medida em que eu insiro, dentro dos discursos e dentro do debate entre direito e arte ou direito e literatura, os estudos territoriais, precisamente a categoria corpo-território”, explicou o docente.
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Bernardo avalia que ministrar aula para juízes e desembargadores do TJMG é uma experiência que abre horizontes para lecionar na graduação em Direito e no mestrado. “Essa dança teórica, prática e interdisciplinar entrega uma forma de teorizar o Direito e a prática jurídica sob uma perspectiva da literatura e dos estudos territoriais também. Foi uma aula muito interessante, com muita participação. Isso colabora imensamente para que a gente esteja sempre refrescando e abrindo os nossos horizontes, para que, quando voltarmos para a sala de aula, nós tenhamos cada vez mais elementos para contribuir para uma boa formação dos nossos discentes, e evidentemente contribuir para o sucesso do nosso programa de mestrado e dos nossos cursos de graduação”, afirmou.



