Adeilson Jorge da Silva concluiu o mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), na UNIVALE, em maio de 2022, e sua pesquisa sobre educação nas prisões durante a pandemia agora vai se transformar em um livro. A obra “Do ensino presencial ao ensino remoto – Vivências da docência na EJA em espaço prisional, resultantes da pandemia por Covid-19” será lançada pela Editora Dialética, em data ainda a ser definida.
Com formação em História, Adeilson é professor em espaços de aprisionamento desde o término da graduação. O início no mestrado foi em março de 2020, época dos primeiros casos confirmados do novo coronavírus no Brasil, o que o motivou a pesquisar a realidade da educação em espaços de privação de liberdade. Ao longo dos estudos no GIT, Adeilson constatou a carência de políticas públicas no segmento de educação nas prisões.
“A educação exercida e ofertada na prisão já passava, e agora após a pandemia por Covid-19 passa ainda mais, por momentos difíceis, que comprometeram as conquistas passadas. Esses momentos críticos podem ter comprometido, e muito, a sua sobrevivência”, avalia o pesquisador.
Seguindo um conselho da professora Maria Celeste Reis Fernandes de Souza, durante a banca de qualificação do projeto de pesquisa, Adeilson pautou o mestrado na busca pela realidade da escola na prisão. “Minha pesquisa e escrita se deram em torno da educação que, neste período pandêmico, deixou a sala de aula, ficando restrita apenas às ‘celas de aula’. Os alunos receberam material produzido por professores da escola, seguindo o modelo do que era fornecido pelo estado de Minas Gerais e nos dando a ideia de que, muito mais do que nas escolas regulares do estado, na educação das prisões não houve produção de conhecimentos. Mas apenas reproduções daquilo que já existia, sepultando vivências, experiências de vida e partilhas”, ponderou.
Durante o período em que cursou o mestrado, Adeilson publicou dois artigos em periódicos científicos. Para ele, foi importante ter pesquisadoras de referência sobre educação nas prisões participando em seu trabalho – ele cita a orientadora, professora Eunice Maria Nazarethe Nonato, e a professora Elenice Maria Cammarosano, que foi avaliadora na banca de defesa da dissertação.
Inicialmente relutante aos primeiros contatos da Editora Dialética, o pesquisador buscou informações sobre o trabalho da instituição, e acabou avaliando melhor a possibilidade de publicar sua pesquisa sobre educação nas prisões na forma de livro.
“Procurei saber sobre a Editora e daí vi que era uma ferramenta de divulgação muito séria, com longo alcance no Brasil e na América Latina. Respondi ao último e-mail recebido e daí as coisas foram acontecendo. Eles receberam uma versão, analisaram e se interessaram em publicar pois acharam importante a temática e o assunto. O livro já foi aprovado por mim, a capa e toda a parte de diagramação. Considero que a esta altura o livro já esteja em fase de conclusão, não deve demorar para que seja lançado pela Editora nas plataformas de vendas, nas versões física e e-book”, disse Adeilson.
Receba notícias sobre: vestibular, editais, oportunidades de bolsa, programas de extensão, eventos, e outras novidades da instituição.
"*" indica campos obrigatórios