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Fazer o que gosta ou gostar do que faz?

Felicidade: fazer o que gosta ou gostar do que faz?

26 março, 2021

Por Liliane Moreira, palestrante e mentora de carreira especialista em felicidade no trabalho. Empreendedora à frente da @dona_felicidade

Quando se fala em felicidade no trabalho, fazer o que se ama sem dúvida é essencial para tornar
possível essa sensação prazerosa de estar no caminho certo. No entanto, nem sempre iniciamos nossas carreiras exercendo exatamente aquilo que nos faz brilhar os olhos. Constatação que abre espaço para um dos questionamentos mais frequentes e que merece uma boa reflexão: fazer o que gosta ou gostar do que faz?

A paixão pelo trabalho: um sonho que pode ser real?

Fazer o que se ama é um dos grandes desejos profissionais da humanidade e representa um dos pilares da felicidade: a realização. Nos enxergarmos através das nossas obras, externalizando nossas habilidades mais fortes para criar algo no qual acreditamos ser importante para uma realidade melhor.

Mas, a verdade é que dificilmente você vai iniciar sua carreira sabendo exatamente do que gosta, e principalmente trabalhando nessa atividade. Isso porque é normal passar por um processo de descobertas em que você identifica, valida e define seus sonhos, talentos e afinidades para somente então realmente decidir pelo seu trabalho ideal.

Para uns isso acontece mais rápido e, logo no início, já se posicionam no caminho da felicidade profissional, enquanto outros, por decisão ou circunstancias diversas postergam a reflexão tão necessária e “fazerem o que precisa ser feito” para retornarem ao processo somente após alguns anos de caminhada.

imagem ilustrativa de felicidade, mostra crianças brincando
Felicidade: fazer o que gosta ou gostar do que faz?

No entanto, descobrir o que se ama é ideia que precisa de validação, que só é possível através da vivência, ou seja, quando se desenvolve aquela atividade, experimentando o amor pelo trabalho na prática. É como um momento de convicção comparativa em que se torna perceptível o quanto a satisfação sentida em determinada atividade é amplamente diferente de todas as outras já realizadas.

Nesse contexto se percebe o quanto até aquele trabalho o qual não se é apaixonado é importante no processo de decisão profissional. Funciona como um grande laboratório de felicidade. Para quem já definiu, vale buscar formas de aplicar e treinar as habilidades que precisará no trabalho dos sonhos, identificar possíveis oportunidades internas que apoiem o desenvolvimento e fortaleça a marca pessoal estrategicamente, além de fazer bons contatos.

Para quem ainda não descobriu, é importante observar exatamente qual aspecto não gosta no trabalho atual: a atividade em si, as relações, a realidade pessoal que reflete o dia a dia profissional ou a própria angústia da incerteza sobre o que busca.

Não existe trabalho dos sonhos

Fica um ponto de alerta. Todo trabalho, por mais que você ame, tem os pontos de desafio. Sempre haverá aquele ponto estressor, uma relação difícil, ou aquela atividade que preferiria não fazer. Mas, faz parte do trabalho. E se você entende exatamente porque está trabalhando, e o que deseja conquistar, vai perceber que tudo isso faz parte do caminho, do processo de aprendizagem e da construção da felicidade no trabalho.

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