Sumário
Por: Natalia Lima Amaral
Vista como uma forma de tratamento humanizado e eficiente, a Medicina Integrativa busca enxergar o paciente como um todo, valorizando a sua representação e indo além dos conceitos de corpo, mente e espírito. Para esse tipo de abordagem a relação terapêutica entre médico e paciente é de extrema importância, fortalecendo a sua conexão com o bem-estar no dia a dia.
Você conhece o conceito de Medicina Integrativa? Continue a leitura para entender um pouco mais sobre o tema.
A Medicina Integrativa é definida por alguns profissionais como uma prática médica que oferece tratamento não apenas para a doença que acomete os pacientes, mas também valorizando a sua individualidade e diversos aspectos que definem o seu ser. Atualmente, as pessoas buscam novos recursos terapêuticos, exigindo métodos mais eficientes e humanizados.
Diferente de outras formas de práticas médicas, a Medicina Integrativa não está centrada apenas nos aspectos da saúde e dos tratamentos tradicionais. Ela considera as opiniões, as crenças, as vivências e as experiências do paciente, fazendo com que ele participe ativamente do processo de melhora do bem-estar.
Para que a Medicina Integrativa funcione de maneira plena, o médico e o paciente devem ser fortes aliados na busca pela cura e/ou alívio do problema em questão. Muitos sintomas sentidos podem estar ligados a diversos fatores presentes na rotina, e práticas como ioga e outros relaxamentos podem trazer uma melhora significativa aliadas a hábitos saudáveis.
Ou seja, a Medicina Integrativa é um complemento aos tratamentos mais tradicionais prescritos. Diferente da medicina alternativa, na qual as sugestões são apenas para a prática de relaxamento, ela alia o uso de medicamentos e algumas intervenções mais invasivas com terapias como acupuntura e meditação.
Integrada de maneira consistente no Brasil em 2006, a Medicina Integrativa também foi vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) por meio de uma portaria aprovada pela Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no mesmo ano. Exemplos de diversos métodos terapêuticos que são somados às práticas médicas são: homeopatia, acupuntura, fitoterapia, meditação, musicoterapia e muitas outras.
De acordo com a pesquisa “Desafios encontrados pela medicina integrativa no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS): uma revisão integrativa”, publicada pela Revista Eletrônica Acervo Científico em 2021, a integração dessas práticas fortalece os princípios do SUS, além de aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento e reduzir o uso de medicamentos no processo. Também é possível notar uma valorização da cultura e do olhar holístico, respeitando as crenças e valores das pessoas.
O professor André Luís Faleiro Soares, do curso de Biomedicina, acredita que é de extrema importância que os estudantes de medicina tenham conhecimento sobre o tema, principalmente durante a graduação. “É significativo que os alunos saibam alguns conceitos sobre essa prática, além da importância que ela tem de ajudar as outras especialidades a melhorar a saúde dos pacientes. A Medicina Integrativa é importante para o acolhimento e também para o tratamento dos pacientes”, explica o professor.
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