A campanha do Novembro Azul promove conscientização sobre o câncer de próstata, e também é uma oportunidade para falar sobre outros temas relacionados à saúde do homem. E esses foram os assuntos abordados sexta-feira (22), no auditório A do campus II da UNIVALE, em palestra realizada pelo médico urologista Wagner Rodrigues Chagas, preceptor no Ambulatório Médico de Especialidades (AME).
O urologista observou que o câncer de próstata acomete um em cada sete homens. Embora seja o segundo tipo de câncer que mais causa mortalidade entre pessoas do sexo masculino, Wagner salientou que é uma das doenças mais curáveis, quando diagnosticada precocemente.
“Quando a gente fala na próstata, a principal coisa que a gente precisa ter em mente é que prevenir câncer de próstata não existe. É preciso focar no diagnóstico precoce, isso é o principal. A gente luta cada vez mais pelo diagnóstico precoce da doença, porque é isso que dá a cura para o paciente. Com isso, se chega a quase 98% de chance de cura”, declarou, na palestra da campanha Novembro Azul.
O médico alertou que, após os 40 anos de idade, há um aumento da próstata em todos os homens. O câncer, entretanto, ocorre quando há um crescimento desordenado das células. Entre os sintomas mais comuns está a dificuldade em urinar. Os exames mais comuns para se chegar a um diagnóstico são o de PSA (sigla em inglês para Antígeno Prostático Específico) e o de toque retal.
“Dois terços dos homens com mais de 40 anos não realizam o exame de toque retal. A diretriz da Sociedade Brasileira de Urologia é que o exame seja feito em pacientes com 45 anos e negros, de 50 anos se forem brancos, ou com histórico familiar de câncer de próstata. E não é nada demais. Metade dos pacientes nunca fez o exame de sangue PSA”, frisou o urologista.
A palestra com Wagner Rodrigues Chagas foi organizada pelo setor de Desenvolvimento Humano da UNIVALE e contou com a participação de colaboradores homens de diversos setores da universidade. Psicólogo no setor de Desenvolvimento Humano, Daniel Cristiano de Souza avalia a campanha do Novembro Azul como um momento importante para lembrar dos cuidados com a saúde do homem: “Este é um mês dedicado a falar sobre a saúde do homem, e a instituição está trazendo momentos para a gente se conscientizar e falar um pouco mais sobre nossa saúde”.
O urologista adverte que, em geral, homens se preocupam menos com a própria saúde, em comparação com as mulheres. “O homem vive em torno sete anos a menos que a mulher, exatamente pela falta da promoção da saúde, que a mulher já tem incutida na cabeça. A gente [homens] procura muito menos o médico que as mulheres. Coisas simples, como aferir a pressão uma vez por ano, já aumenta a chance de não ter um problema, como o AVC ou o infarto agudo do miocárdio”, afirmou Wagner.
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