Estudantes do curso de Odontologia se reuniram na sala de estudos do Polo Integrado de Assistência Odontológica ao Paciente Especial (Paope) para realizarem mais uma edição da Apresentação de Casos Clínicos. O encontro dos estudantes estagiários do setor com os professores e demais alunos do curso aconteceu nessa terça-feira (11).
“Entrei aqui no Paope por indicação. Me disseram que eu iria lidar com pessoas especiais. E hoje estou saindo daqui com uma gratidão gigantesca, sabendo lidar com esses pacientes, com Síndrome de Down, Autismo, visual, etc. Não é só chegar e pedir para o paciente abrir a boca. Na odontologia a gente tem que saber o que vai aplicar neles. Tem todo um ‘jogo de cintura’, fazendo com que eles consigam abrir a cavidade bucal, para que a gente possa fazer os procedimentos”, relata o estudante Graciolli Junior, do 7º período.
Graciolli destacou a importância da atuação de uma equipe multidisciplinar no Paope, formada por alunos e profissionais de cursos como o de Enfermagem, Farmácia e Psicologia. O estudante elogiou os docentes e agradeceu a oportunidade de participar do projeto.
“É uma experiencia incrível que vou levar para o resto da minha vida. Os professores são maravilhosos. Eles passam a informação com muita clareza. O Paope foi um complemento importante para o meu currículo. Saio daqui com o coração na mão, porque a gente fica querendo ficar, mas precisa dar oportunidade para alunos de outros períodos entrarem”, disse.
Cerca de seis grupos de alunos se revezaram durante toda a tarde para compartilharem com os demais estudantes as experiências e os casos clínicos com os quais trabalharam no Paope. A professora Myllene Quintela Lucca explica que as apresentações ocorrem sempre ao final de cada semestre letivo, como atividade avaliativa dos discentes estagiários.
“Eles escolhem, durante o período que estão no estágio, algum caso de paciente que acham interessante e que gostariam de aprofundar os conhecimentos. Aí, eles fazem um relato desse caso: o que aconteceu, quais os procedimentos, como foi feita essa abordagem, por quais profissionais ele passou para se adaptar ao tratamento odontológico, além dos procedimentos que já foram realizados nele no período em que frequentou o polo”, detalhou.
Para a professora, o maior aprendizado para os alunos e a formação acadêmica deles é a oportunidade de conviver com uma equipe multidisciplinar e poder trocar conhecimentos, além de conhecer a vida dos pacientes no contexto social e familiar.
“Essas famílias trazem informações pertinentes a todas as áreas. Ao entrar no Paope para se cadastrar ela tem que fazer uma avaliação socioeconômica. A assistente social traça todo um perfil dessa família, suas demandas. Depois passa pela Psicologia, e assim por diante: Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Enfermagem, Nutrição, Farmácia. Acho que é uma grande experiência na vida desses acadêmicos como uma complementação da sua formação curricular básica”, avaliou a docente.
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