Universidades devem participar de ações que combatam os impactos da crise climática, atuando com sociedade civil e governos locais. É o que defendeu o historiador Haruf Salmen Espíndola, coordenador do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) da UNIVALE e um dos participantes do Seminário Técnico “Crise Climática em Minas Gerais: Desafios na Convivência com a Seca e a Chuva Extrema”, realizado segunda-feira (10) em Governador Valadares pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
A ideia do seminário técnico é a de que, além de discutir sobre a crise climática no estado, também sejam criados projetos inovadores que reduzam os impactos ambientais. Mais encontros ainda serão organizados em outros municípios mineiros e, quando as discussões forem concluídas, o documento final do Poder Legislativo criará diretrizes de trabalho focadas na proteção do meio ambiente.
Na etapa valadarense do Seminário, o professor Haruf integrou mesa redonda debatendo relações socioeconômicas da região. “É importante abrir para a participação da sociedade civil, governos locais e universidades. E a UNIVALE foi convidada para estar presente, e tem essa característica de estar muito estreitamente vinculada à região, com muitos trabalhos de pesquisa e extensão. Nossa universidade tem muito a contribuir com essa discussão”, salientou.
Em sua fala, o coordenador do mestrado da UNIVALE apontou que a dinâmica exclusiva de extração dos recursos naturais foi a base do processo de formação do território local, o que levou o Vale do Rio Doce a uma situação atual de colapso da sustentabilidade ambiental. Segundo Haruf, um estudo da mineradora Vale, de 1969, apontaria índices de cobertura florestal original que variam de apenas 2,5% a 15%, começando pelo Vale do Aço e passando do Médio ao Alto Rio Doce. (Com informações da ALMG)
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