No mês de setembro, diversas entidades e organizações fazem ações de valorização da vida e promoção da saúde mental. A psicóloga e professora do curso de Psicologia da UNIVALE, Solange Coelho, orienta que as atividades da campanha Setembro Amarelo devem ser voltadas à orientação e prevenção.
“O ideal é que as campanhas sejam feitas com ações de prevenção, com orientações de familiares, desde a criança pequena, estimulando as melhores relações interpessoais e a melhor qualidade de vida. É interessante trabalhar com profissionais, orientando sobre o acolhimento, orientando professores nas escolas, e também a comunidade de forma geral, a estar atenta a sinais que podem indicar um quadro de depressão, que por sua vez pode, no caso de se agravar, chegar a uma tentativa de autoextermínio”, afirmou Solange, em entrevista para a UNIVALE TV sobre o Setembro Amarelo.
Ela alerta que comportamentos autodestrutivos são a segunda principal causa de mortes no Brasil de jovens entre 15 e 19 anos. Para ajudar alguém que esteja passando por alguma situação de sofrimento, a professora recomenda prestar atenção em sinais que indiquem infelicidade ou insatisfação.
“Precisamos observar o estado de humor, o rendimento e as interações sociais, se essa pessoa tem uma rede de apoio, amigos, atividades de lazer e se ela está feliz. A gente tem que prestar atenção no que a pessoa está dizendo. Muitas vezes, em função da vida que se tem, com uma rotina muito estressante de trabalho e ocupações, a gente não tem tanto tempo para estar com a pessoa. A qualidade dos relacionamentos nem sempre é muito boa, e às vezes a gente não escuta a pessoa em suas necessidades e não presta atenção em como ela está se sentindo. Pode ser que uma pessoa esteja sofrendo e isolada, calada”, advertiu a psicóloga.
Não apenas durante a campanha Setembro Amarelo, mas permanentemente, Solange enfatiza também a importância de cuidar primeiramente da própria saúde mental, para que se possa prestar ajuda a outras pessoas. “A saúde mental é essencial em nossa qualidade de vida. Nosso estado emocional influencia nosso comportamento, nossas interações, nossa produtividade, projetos que a gente faz e nossa participação social. Uma pessoa, quando está bem consigo, também pode dar o melhor de si para o outro. No ambiente de trabalho, essa pessoa vai ser mais produtiva. Isso é essencial para a qualidade de vida, para o envelhecimento saudável, boas relações com familiares e educação de filhos. É essencial que a gente se cuide, para poder cuidar do outro”, avaliou.
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