O professor Bernardo Nogueira, do curso de Direito e do mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT), foi um dos palestrantes sobre surrealismo jurídico, no encontro “Fronteiras Fantásticas: o Surrealismo na encruzilhada entre Direito e Estética”. Realizado em 27 de setembro pelo grupo de pesquisa ‘Teoria Crítica e Constitucionalismo’, do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o encontro sobre surrealismo jurídico foi um evento preparatório para o 13º Colóquio Internacional de Direito e Literatura (Cidil), de 6 a 9 de novembro, em Uberaba.
Bernardo ministrou a palestra “O surrealismo jurídico de Warat e os sonhos dos Yanomami: desejos para a invenção de Macondos”, abordando o tema com uma perspectiva interdisciplinar, promovendo diálogo entre Luís Alberto Warat, um dos precursores do movimento Direito e Literatura o Brasil, e autores como Davi Kopenawa, Hanna Limulja e Alejo Carpentier. “A conferência abordou os sonhos dos yanomami como senha para a invenção de imagens decoloniais e libertárias, em direção ao ‘real maravilhoso’ que sustenta o solo latino-americano, seja aqui ou em Macondo [aldeia onde se passa a história de “Cem anos de solidão”, do colombiano Gabriel Garcia Márquez]”, detalhou o docente.
Além de Bernardo, foram convidados para o encontro sobre surrealismo jurídico professores e pesquisadores de outras instituições, como UFRJ, Univel, UFRGS e PUC-MG.
“São autores e professores que integram o movimento de Direito e Literatura. Há uma Rede Brasileira de Direito e Literatura, da qual eu faço parte como membro honorário. Os debates acerca da conferência foram os melhores, uma vez que nos permitiu também trazer as pesquisas que já desenvolvemos dentro do GIT, portanto expandindo os horizontes da nossa pesquisa. Esse tipo de evento é imprescindível para o desenvolvimento da pesquisa no âmbito do mestrado, e faz com que a gente sempre esteja a dialogar e nos referenciarmos a partir daquilo que tem de mais avançado na produção de conhecimento, não só no Brasil como também na América Latina”, afirmou o professor da UNIVALE.
A discussão sobre surrealismo jurídico voltará a acontecer no próximo mês, em Uberaba, no Colóquio Internacional de Direito e Literatura (Cidil). Com o tema “Entre o onírico e o Direito: o surreal e o real no acesso à justiça”, o evento reunirá acadêmicos, pesquisadores, estudantes e profissionais das áreas de Direito, Literatura, Filosofia, Artes e Ciências Humanas, que proporão reflexões sobre o papel do imaginário, do simbólico e do surreal na construção e interpretação das normas jurídicas e na promoção do acesso à justiça.
“Fomos convidados para fazer essa conferência na UFMG, como forma de preparatório para o Cidil, que é o maior e mais bem organizado colóquio de Direito e Literatura da América Latina, frequentado por professores do Brasil, todas as partes da América Latina e também da Europa. É uma oportunidade grande que a gente tem de ventilarmo-nos enquanto receptáculos de novas ideias, e fazer com que nos tornemos melhores pesquisadores, e consequentemente professores, colaborando para o aprofundamento e a melhoria do ensino e da pesquisa na UNIVALE”, complementou Bernardo Nogueira.
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