A UNIVALE realizou no sábado (8) a 10ª edição do Encontro da Comunidade do mestrado em Gestão Integrada do Território (10º ComGIT), com o tema “Corpos feridos, rios silenciados: arte e cuidado na reconstrução da Bacia do Rio Doce”, dando evidência aos 10 anos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana. Nos painéis, mestrandos, docentes e comunidade externa discutiram a maior tragédia socioambiental do Brasil, ocorrida em 5 de novembro de 2015.
“É um momento para as pesquisas interagirem com a comunidade, falando sobre o que a gente aprendeu ao longo de 10 anos do desastre. Passados esses anos, qual o balanço que a gente faz? O momento aqui é para fazer essa discussão, do tempo transcorrido e dos aprendizados, com tudo o que aconteceu”, observou a reitora da UNIVALE, professora Lissandra Lopes Coelho Rocha.

Desde o rompimento da barragem em Mariana, o mestrado em Gestão Integrada do Território (GIT) tem colocado a ciência a serviço da busca por soluções interdisciplinares para a reparação de pessoas atingidas e recuperação da Bacia do Rio Doce, como salienta o coordenador interino do GIT, professor Leonardo Leão..
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“O ComGIT é um momento de integração entre todos os alunos do mestrado. Após a ocorrência do desastre da Samarco, o mestrado e seus alunos vêm produzindo muitos materiais sobre o que aconteceu. Temos mais de 28 dissertações que discutiram essa temática, com mais 50 produções, entre artigos e capítulos de livros. Além dos nossos eventos para fazer o debate sobre o desastre da Samarco, entre eles o Seminário Integrado do Rio Doce. O ComGIT trata sobre todos esses desdobramentos, 10 anos depois”, afirmou o professor Leonardo.

A organização do 10º ComGIT ficou com os alunos do 2º período do mestrado, sob coordenação da professora Renata Campos. “A gente quer falar sobre tudo que aconteceu, os desdobramentos, mas o foco é o corpo como território, questionando qual é o impacto da tragédia nas pessoas e como elas estão reconstruindo e lidando com tudo”, destacou a mestranda Samila Matos.
A professora Renata Campos apontou a importância de pensar aspectos interdisciplinares que envolvem o desastre. “A temática deste ano, tratando desse lapso de 10 anos desde o rompimento da barragem, não é um evento com desdobramentos para serem entendidos em apenas uma perspectiva. Problemas complexos como esse, e os desdobramentos desse desastre, são melhor compreendidos se abordados de modo interdisciplinar. E é nesse sentido que o mestrado tem uma grande contribuição a dar, e é o que temos feito ao longo desses 10 anos”, disse a docente.










