Na pauta de debates sobre a escola inclusiva, o Simpósio promoveu palestras e oficinas sobre transtornos e condições neuroatípicas do desenvolvimento
A UNIVALE recebeu prefeitos, secretários de Educação e profissionais do ensino de diversos municípios da região na quinta-feira (2), para o 2º Simpósio da Educação Especial e Inclusiva do Leste de Minas. Os debates sobre avanços e desafios da escola inclusiva foram organizados pela Associação dos Municípios da Microrregião do Leste de Minas (Assoleste), com apoio de diversas entidades parceiras, incluindo a universidade, que já havia contribuído também para a primeira edição do Simpósio. Entre os participantes das discussões estavam docentes e estudantes de cursos como Pedagogia e Psicologia.
“A parceria com esse evento começou já no 1º Simpósio. Em função da nossa missão, a gente, como instituição comunitária, tem o cuidado de trabalhar a inclusão. Nossa universidade tem um setor que cuida do processo de inclusão dos nossos alunos e, para nós, neste evento é fundamental refletir, com todo o setor da educação, as possibilidades de inclusão e realmente pensar no bem-estar de todos os nossos alunos. E também é importante refletir sobre a capacitação dos professores, ajudando-os, no dia a dia, para que alunos e professores tenham uma relação saudável e de inclusão efetiva”, afirmou a reitora da UNIVALE, Lissandra Lopes Coelho Rocha, presente à abertura do Simpósio da Educação Especial e Inclusiva.

Na pauta de debates sobre a escola inclusiva, o Simpósio promoveu palestras e oficinas sobre transtornos e condições neuroatípicas do desenvolvimento, como o Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), o do Espectro Autista (TEA), disortografia e dislexia, entre outros. A presidente da Assoleste e prefeita de Sardoá, Ivania Maia, destacou o crescimento no número de crianças com alguma necessidade de inclusão, o que reforça a importância de discutir e criar estratégias para trabalhar com esses alunos.
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“Pessoas com deficiência nos ensinam todos os dias que a diversidade é uma riqueza, e não um obstáculo. Inclusão não é favor, não é concessão e não é caridade. Inclusão é um direito humano constitucional inegociável, e nossa missão de gestores, professores e cidadãos é transformar esse direito em realidade concreta”, afirmou a presidente da Assoleste.

Ivana salientou ainda que educadores e gestores devem trabalhar para que de fato a escola inclusiva seja uma política pública consolidada e irreversível na construção de uma sociedade mais justa. “A educação inclusiva exige coragem para enfrentar preconceitos enraizados, coragem para inovar em práticas pedagógicas, coragem para lutar por mais investimentos e políticas estruturantes. Mas, acima de tudo, exige coragem para acreditar que cada pessoa tem direito ao seu próprio ritmo, ao seu modo de aprender e de ensinar. Este Simpósio é também um chamado à reflexão, à ação e à esperança”, declarou, ao abrir os debates.
Na palestra de abertura, a pedagoga e psicóloga Sâmara Nick analisou avanços e desafios na história da escola inclusiva.
“Um desses desafios é ampliar esse conceito da educação e da escola inclusiva. Antes o olhar era de inserir, colocar o sujeito com algum tipo de deficiência nos ensinos regulares. Hoje entendemos que o conceito de uma escola inclusiva é para todos, para todas as diferenças e para os grupos diversos. É uma escola que dialoga com todas as características, por isso nós vamos falar sobre as condições de desenvolvimento neuroatípicos de crianças e adolescentes, e também associando as metodologias de como é conviver e auxiliar os processos de ensino e aprendizagem dessa criança e desse adolescente nos espaços da sala de aula”, explicou a palestrante. Na sequência do Simpósio, também palestrou a filósofa e psicóloga Viviane Mosé.

